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Sem título

“Eu só queria escrever sobre mim e o que eu sinto, eu sempre quis isso, mas agora minhas palavras já não me definem mais, você lê e pensa que eu não sou nada, alias eu não sou nada, acho que sou apenas um monte de matéria viva que é programada não pra viver, mas sim para sobreviver, a vida já não parece nada, meus desejos não me dizem nada, e eles nem são tanto assim – talvez eu queira me formar em zootecnia – mas eu nem sei o que vou fazer amanha, meus sentimentos se dividem entre mim e pessoas, eu posso amar mais aos outros do que a mim mesmo, eu conheço mais você do que a mim mesmo – eu sei que gosto de escrever, gosto de chocolate e de refrigerante – a única coisa que eu consigo é ser sarcástico, irônico, mas é como se esse não fosse realmente!

O que realmente eu tenho para gostarem tanto de mim? – eu não quero isso, eu posso machucar alguém - Será que alguém é capaz mesmo de chorar por mim? – talvez pela minha morte, ou apenas pela minha ida a uma festa sem hora pra chegar. Eu só queria saber o que realmente são os sentimentos e tendo a absoluta certeza de que eles serão despertados em alguém por mim de verdade, acho que ninguém vai me amar por eu escrever amontoados de letras, pontos, virgulas e hífens que no fim se transformam e confusão ate pra mim mesmo, sabe essas palavras ai não dizem nada sobre o que eu vou ser quando eu te encontrar.

Antigamente eu sonhava, acordado ou dormindo eu ainda sonhava, agora eu não durmo e não tenho criatividade nem para utopias incríveis que eu tinha em meu dia – dia.

Você realmente me confundiu! “

1 comentários:

Cellii disse...

Travei...



O mais completo, o mais confuso e intenso. O melhor que eu já li!

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