Como em um dia qualquer!

“Ando estaticamente, cego por tudo que eu ainda insisto em ver, meu desespero toma conta de tudo o que eu consigo comandar em mim mesmo, eu levanto e dou uma caminhada pela casa afim de liberar todo esse meu desespero que aos poucos vai se transformando em raiva, muita raiva. Paro na minha cama dando um soco nela – claro ela é macia – eu descarrego a raiva e me vem às lagrimas incontidas de arrependimento pelo passado, que pulam de meus olhos para fora – talvez seja a única coisa verdadeira que possa sair de dentro de mim –.
Comecei a pensar em como você reagiria se eu me fosse amanha, eu não pensava em viajar, acredite!
Será que você iria chorar de arrependimento ou alegria ou talvez por que fosse obrigação, será que se lembraria de tudo que passamos de bom?Tudo o que eu te disse era verdade! Acredito que talvez apenas você se importe com isso ou talvez nem você.
Parei de pensar em morrer! Isso não teria graça, afinal eu não poderia voltar para contar, e como eu li uma vez morrer é tão normal, morre gente a todo tempo ninguém ia se importar com mais um.
Eu só queria que quando eu me fosse ninguém chorasse, apenas queria esses choros agora, eu preciso deles, preciso dos seus lamentos para poder sobreviver. As lagrimas acabaram e eu vou voltar para a minha cadeira e sentar – me para procurar mais algum motivo alegre para transformar em drama!”