00:58

Contradizendo-me ao mundo que me contradiz

Poderia ser com grande orgulho, óbvio, se eu ainda tivesse alguma auto-estima, ou algo do gênero, mas não é.
Vamos lá então.
É com essa falta de amor próprio que eu acendo meu primeiro cigarro, verifico a posição de um litro de uma bebida destilada qualquer e que hoje nem é tão qualquer assim a minha frente, e apanho a caneta em cima a escrivaninha, então tudo está certo. Ou não.
Sempre me falta alguma coisa, e dessa vez eu acredito que sejam meus pensamentos, não que eu não os tenha, pelo menos não no momento. Deixei roubá-los.
Apenas a insegurança de minha mente saqueada pelo mundo mais uma vez, apenas o desespero de que tudo o que um dia fora pensado e estocado para bens futuros foi levado por todos, na verdade um “foda-se” ao mundo.

- Deixemos o trecho melancólico atrás, o mundo é o mundo e eu sou, sinto orgulho disso.

Então agora ao trecho rebelde, não que seja verídico, afinal de que vale a veracidade de palavras? Afinal de que vale tudo?
Na verdade a questão é: quanto vale tudo?
Meus cigarros de cinco reais me relaxam, minha bebida de dez me faz dormir, e a caneta me faz escrever algo pra você ler e dizer que eu não presto. Pensamentos? Meu sonho era ser um nostálgico, mas prefiro manter nostalgias e qualquer tipo de pensamento do lado de fora de meu corpo, talvez dentro de um litro de vodka e sempre cravados em um papel.
Rebelde sem causa? Descubra, ou morra tentando.

- Eu quase consigo confundir vocês não é? É, eu também as vezes.

Meu desejo era mesmo o “Foda-se” mesmo sabendo que é ele quem “fode” tudo mesmo, queria junta-lo a minha falta de pensamentos, dedicá-lo ao mundo e na verdade queria que meus pensamentos ficassem apenas em você, com você. Você não suportaria, eu sei! Também sabe, não é?

0 comentários:

Postar um comentário